Quando preparei este prato estava longe de pensar que poderia haver alguma relação com um dos sete pecados mortais.
Até que, depois de dispor o arroz e o guisado de pota no prato, pensei:
– Isto parece mesmo uma erupção vulcânica!
Imaginei a lava a escorrer e a invadir tudo por onde passava. Assim aconteceu com o molho da pota que se instalou, depois do percurso, ao redor do arroz, no fundo do prato. Lembrei-me da Ira que a natureza pode exercer sobre nós. A génese deste pensamento poderá advir do facto de viver num arquipélago com origem vulcânica onde os sismos são frequentes.
Depois deste momento introspetivo, sentei-me calmamente a saborear o guisado. Já prestes a terminar a refeição, e estas coisas parece que acontecem sempre na última garfada, um salpico de molho instalou-se no tecido da camisa que tinha vestida. Aqui a ira materializou-se numa fúria interior. Como detesto nódoas! Levantei-me de imediato e a intensidade sonora proveniente dos tacões dos sapatos contra os mosaicos do chão da cozinha divulgou, até chegar ao armário dos detergentes, todo o desespero que travamos quando encetamos uma guerra com as nódoas.
É questão para se dizer:
“Bem-aventurados os mansos (…)”
(Mateus 5, 3-12):
Com esta receita e inerente pecado participo no Passatempo Santa Gula, dinamizado pela Maria, do blogue Limited Edition.
Gostei Patrícia. Fizeste-me rir a tentar imaginar o barulho dos tacões na cozinha. Espero que esteja tudo bem contigo. Um beijinho do “contenénte”
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LOL, a verdadeira fúria da natureza :p
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Adorei, muito boa participação!
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A eterna luta contra as nodoas e a ira estão mt bem representadas na tua receita. Muito obrigada pela participação! Beijinho
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Gostei da descrição da tua ira. Oh quantas vezes não sinto o mesmo!
A tua receita está muito bem escolhida para o passatempo do Limited Edition.
Beijinhos e bom fim de semana
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É a primeira vez que deixo o meu testemunho, mas venho ao seu blog todos os dias. Adoro a sua escrita, os seus pratos, as suas histórias… enfim a Terceira. Sou de São Miguel e estudei no departamento de ciências agrárias da Terra Chã, foram anos encantadores… Aí encontrei e enamorei-me pelo meu marido…
Ainda o outro dia estive aí em trabalho e passei/jantei no espaço QB que fez referência aqui no seu blog e amei a envolvência, o bom gosto, o requinte.
Continue a nos encantar com o seu blog.
Deveria escrever um livro. 🙂
Márcia Guerreiro
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Nem de propósito! Parece que tudo se proporcionou 🙂
Agora rimos, mas na altura não deve ter tido muita piada 😉
Gosto de pota e a tua parece-me muito boa.
Beijinhos
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Acertaste na perfeição com esta IRA!!! Adorei a analogia e a receita!
Beijinhos, boa sorte com a participação e bom fim-de-semana
http://fabricocaseiro.blogspot.pt/2013/05/e-aqui-esta-receita-do-bolo-de.html
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Boa participação, gostei muito da tua interpretação. beijos
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Bela associação, Patricia! A foto está linda e sugestiva da ira que descreves.
beijinhos
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Olá boa tarde, Obrigada pela sua partilha, queria pedir um favor por acaso nao tem uma receita de tarde de amêndoa???
já fiz varias que retirei da net e nenhuma ficou bem!!!!
Se tiver a receita e poder fazer essa partilha comigo fico agradecida.
Bjs Maria Lurdes
Maria
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Obrigada a todas pelas vossas palavras de carinho.
Márcia, enviei-lhe um mail.
Maria de Lurdes, vou enviar-lhe a minha receita de picado de abelha. Não sei se hoje conseguirei, mas amanhã, de certeza. Curiosamente, nunca a fotografei para o blogue. Quem sabe ainda a faço por estes dias.
Beijinhos.
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