Ao folhear o caderno de receitas da minha mãe, fui encontrar a receita de Rosas do Egito. Quis logo por em prática esta sobremesa de massa frita tão crocante. Estas filhós de forma costumam-se fazer cá nos Açores por altura do carnaval, mas o que é certo é que não quis esperar por essa altura. Muito determinada, pedi,  à mãezinha, emprestados os ferros com os moldes e decidi que haveria Rosas do Egito na mesa deste Natal. Com algum receio de algo correr menos bem, já que esta receita encerra alguns truques, quis testá-la uns dias antes da ceia de Natal. A primeira tentativa foi uma desilusão total. Nada estava a correr bem. Pensava eu que era devido ao facto de a massa ser demasiado líquida. Descobri, à segunda tentativa, tudo no mesmo dia,  depois de passar alguns minutos a desencrostar a massa que tinha ficado pegada aos ferros enquanto barafustava para comigo própria, que alguns requisitos não estavam a ser seguidos. Não podia desistir. Estive quase. E o marido é testemunha. Mas como gosto de receitas que “dão luta”, comecei tudo do zero. Afinal o óleo não estava a 190º C nem eu tinha pré-aquecido os ferros da primeira vez, truques que a minha mãe fazia por intuição mas que estavam omitidos na receita. Como inicialmente pensava que o problema estava na consistência da massa acrescentei mais duas colheres de sopa de farinha. Desnecessário. Acabei por terminá-las com sucesso, mas não totalmente satisfeita com o produto final. Não desisti. Dois dias depois, voltava a fazê-las, desta vez destinadas à mesa do almoço de natal de professores e funcionários da escola onde trabalho. Ficaram no ponto. Douradinhas, crocantes e ligeiramente adocicadas pelo açúcar e aromatizadas pela canela.

Rosas do Egito

Rosas do Egito

Ingredientes

2 ovos

2 colheres de chá de açúcar

1 colher de chá de extrato de baunilha

240 ml leite

240 g de farinha de trigo T65

1 colher café rasa de sal

óleo para fritar

açúcar e canela para polvilhar

 Modo de Preparação

1. Numa tigela de vidro triturei com a varinha mágica os primeiros seis ingredientes. A massa fica com a consistência de massa de crepe, bem líquida. Tapei a tigela com película aderente e e coloquei no frigorífico cerca de duas horas para obter um resultado mais crocante.

2. Aqueci o óleo num tacho pequeno e fundo. É importante usar uma quantidade de óleo suficiente para que o molde fique totalmente imerso, sem que a massa toque no fundo do tacho.

3. A temperatura do óleo deverá ser de aproximadamente 190°C.

4. Pré-aqueci o molde imerso no óleo.

5. Escorri o excesso de óleo do molde e encostei-o em papel de cozinha.

6. Mergulhei o molde na massa apenas até a borda superior. Nunca deverá  ultrapassar a parte superior porque se isso acontecer será praticamente impossível retirar a rosa do molde sem a desmanchar.

7. Fritei cada rosa durante 30 segundos.

8. Retirei o molde do óleo e deixei escorrer um pouco. Com a ajuda de um garfo, descolei a rosa do molde e coloquei-a a escorrer em papel de cozinha, de ambos os lados.

9. No fim da fritura de todas as rosas, coloquei num prato de sopa açúcar e canela e passei cada rosa pela mistura. Dispus as rosas numa travessa. Servi.

Rosas do EgitoRosas do Egito

3 Replies to “Rosas do Egito na Mesa do Natal”

  1. Que linfdas ficaram, Patrícia! Nunca fiz filhós de forma, porque sempre me disseram que era muito complicado e, pelos vistos, é mesmo. Mas valeu a pena a insistência porque ficaram lindas e devem ser deliciosas e crocantes. Aqui são tradição no Natal e não no Carnaval, por isso vieram na altura ceta 🙂
    Beijinhos e votos de um Feliz Natal!

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  2. Patricia, como eu gosto dessas flores, tenho dois moldes mas já não faço há anos. Fiquei com vontade de fazer no Ano Novo. E espero que fiquem tão bonitas como as tuas.

    Um beijinho e um Feliz Natal

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