O “Sweet World” é um passatempo proposto por duas meninas, a Lia, do blogue Lemon & Vanilla, e a Susana, do Basta Cheio. A 1ª edição começou no Reino Unido com o Queen of Puddings e a 2ª edição levou-nos até à América para confecionarmos o Brooklyn Blackout Cake, simplesmente o melhor bolo de chocolate do mundo, como poderão constatar no meu post anterior. Nesta 3ª edição do Sweet World, voltamos ao Reino Unido para festejar a época da Páscoa com dois clássicos britânicos: os Hot Cross Buns e o Simnel Cake. Eu optei pela confeção dos HotCross Buns, uns pãezinhos adocicados a fazer lembrar o nosso folar doce e o panetone italiano.
As cocottes têm a assinatura DeBORLA e são um mimo, não acham? Eu não consegui resistir-lhes!
As Easter Crackers, que anunciam Joy and Peace, foram uma oferta que guardo com muito carinho. Obrigada D. Cá estão elas, reborn!
A Lia inspirou-se neste post e relata-nos factos e curiosidades sobre os Hot Cross Buns, que passo a transcrever:
“O tradicional Hot Cross Bun é composto por bolinhas de massa lêveda e doce, cuja composição engloba especiarias e frutos secos, nomeadamente, passas de uva e groselhas secas. As bolinhas são decoradas com uma cruz no topo. Hoje em dia, é possível encontrar Hot Cross Buns à venda em supermercados o ano todo, enquanto que em tempos remotos, estas bolinhas eram consumidas apenas e unicamente na 6ª feira Santa. As origens da cruz no topo das bolinhas, remetem a um monge no Século XII. Reza a história que no Século XII, um monge Anglicano, terá confeccionado os Hot cross Buns, tendo-os marcado com uma cruz no topo, em homenagem à 6ª feira Santa. Os ditos bolinhos foram-se tornando populares e ganhado fama, especialmente durante o reinado da rainha Elizabeth I e tornaram-se num símbolo da Páscoa. Estavam a tornar-se tão comuns e corriqueiras que, nos finais do Século XVI, a Rainha Elizabeth I emitiu uma lei proibindo a venda ou confecção dos Hot Cross Buns, a não ser que fossem confeccionados especificamente para serem consumidos em funerais, Natal e 6ª feira Santa.
Aparentemente, os britânicos, sendo um povo muito supersticioso, acreditavam que os Hot Cross Buns tinham propriedades medicinais e mágicas e receavam que esses poderes estivessem a ser abusados e vulgarizados. Era tal a crença que, alguns chegaram mesmo a acreditar que os Buns confeccionados na 6ª feira Santa, nunca ficariam duros. Por forma a contornar a Lei instituída pela rainha Elizabeth I, estes bolinhos começaram a ser cada vez mais confeccionado (secretamente) em casas particulares, o que fez com que a Lei fosse difícil de manter e, eventualmente, tivesse de ser banida. Existem várias histórias que relatam que, supersticiosamente, os Hot Cross Buns só eram confeccionados na altura da Páscoa. Há uma lenda que diz que os Hot Cross Buns confeccionados numa 6ª feira Santa e pendurados dentro de casa, espantariam os espíritos malignos até à próxima 6ª feira Santa. Outra lenda diz que, confeccionados nesse dia (6ª feira Santa), os Hot Cross Buns protegeriam os barcos de naufragar. Outra das lendas diz que, partilhar um Hot Cross Bun com um ente querido na 6ª feira Santa, protegeria a amizade entre essas duas pessoas durante o ano seguinte.”
Estão preparados para meter as mãos na massa?
- 1 colher chá de filamentos de açafrão
- 3 colheres sopa de água a ferver
- 500g farinha de trigo branca para pão + extra para polvilhar
- 1/2 colher chá bem cheia de sal fino
- 75g açúcar refinado branco
- 10g fermento de padeiro seco
- 175ml leite gordo, aquecido
- 2 ovos médios (de preferência biológicos), ligeiramente batidos
- 75g manteiga com sal, amolecida + extra para untar a forma
- óleo de girassol, para untar a taça
- 75g de cada: groselhas secas, passas e casca de citrinos cristalizadas e picadas (eu só usei sultanas, tâmaras e ameixa seca).
- Aquecer uma frigideira pequena sobre lume médio a alto.
- Colocar os filamentos de açafrão na frigideira e aquecer por uns segundos, movendo-os, até que estes estejam ligeiramente tostados.
- Colocar os filamentos de açafrão num almofariz, deixámos arrefecer um pouco e depois, reduzi-los a um pó fino.
- Adicionar as 3 colheres de sopa de água a ferver e reservar.
- Numa taça, peneirar a farinha, o fermento, o sal e o açúcar.
- Fazer um buraco no centro da mistura e adicionar a água do açafrão, o leite morno, os ovos e os 75g de manteiga.
- Misturar tudo muito bem com as pontas dos dedos, até tudo estar bem combinado e tiver obtido uma massa pegajosa, mas que não esteja demasiado molhada.
- Colocar a massa sobre uma bancada ligeiramente polvilhada com farinha e amassar por cerca de 10 minutos, ou até obter uma massa sedosa e macia.
- Colocar a massa numa taça untada com óleo, tapar com película aderente e deixar levedar por cerca de 1 hora e meia a 2 horas, ou até esta ter duplicado de tamanho.
- Voltar a colocar a massa sobre uma superfície enfarinhada e amassar, retirando-lhe o ar.
- Polvilhar a massa com metade dos frutos secos e amassar. Polvilhar com os frutos secos restantes e amassar de novo, até tudo estar bem incorporado.
- Voltar a colocar a massa na taça untada com óleo, voltar a cobrir com película aderente e deixar levedar por mais 1 hora, ou até ter duplicado de volume, num local aquecido e longe de correntes de ar.
- Entretanto, untar com manteiga e enfarinhar oito cocottes.
- Depois de levedada, cortar a massa em 8 pedaços idênticos com o topo e a base arredondados.
- Colocar as oito bolinhas nas cocottes.
- Deixar levedar em local aquecido, por mais 1 hora.
- Entretanto e quando virem que a massa está quase a tingir o ponto especificado, pré aquecer o forno a 180°C.
- 25g farinha de trigo branca
- 1 colher chá de óleo de girassol
- 2 a 3 colheres sopa de água fria
- Misturar todos os ingredientes, por forma a obter uma pasta e colocar essa pasta num saco de pasteleiro equipado com um bico redondo e fininho.
- Com o saco de pasteleiro, contendo a pasta acima mencionada, desenhar uma cruz sobre cada bola de massa.
- Levar ao forno por cerca de 35 a 40 minutos, ou até os buns estarem cozidos e douradinhos.
- 75ml sumo de laranja natural
- 2 colheres sopa de açúcar refinado branco ou mel claro (eu usei mel)
- Quando os buns estiverem quase cozidos, levar o sumo de laranja e o açúcar ou mel ao lume e ferver até obter uma mistura com consistência de xarope.
- Retirar os buns do forno e pincelar toda a superfície com o xarope de laranja.
- Desenformar e arrefecer sobre uma grelha.
- Servir em fatias, cobertos com clotted cream ou algo mais ao vosso gosto.
Votos de uma Páscoa Feliz!
Os teus hot cross buns ficaram mesmo um mimo nas cocottes do Deborla! Estou doida para voltar à Terceira e dar um saltinho ao Deborla, pelo que vejo nas fotos dos teus workshops e das tuas receitas agora há lá coisas maravilhosas! Da última vez abasteci-me de formas e forminhas, desta vez quero comprar algumas louças pois cá é dificílimo de encontrar peças tão giras. Tenho visto as tuas publicações mas nem sempre tenho conseguido comentar. Com o telemóvel nem sempre dá não sei porquê. Desejo-te uma Santa e Feliz Páscoa! Beijinhos
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Já me esquecia! Lancei um novo desafio, se quiseres participar terei muito gosto! Beijinhos
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Que lindos Patrícia!!
Como sempre claro… Adoro os teus posts e as tuas participações fantásticas.
Obrigada e fico feliz que tenhas gostado. Eu também adorei esta versão com o açafrão.
Um grande beijinho e uma Páscoa muito feliz e doce,
Lia
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Patrícia,
As cocottes sao lindas! (então as em lilás, são um encanto). Este mês vou tentar não perder o desafio. Gostei tb muito do teu pudim de páscoa, e a tigela é fantástica!
um abraco e boa segunda-feira de Páscoa. (vou dizer à Evelyn que a mesa dela está a fazer sucesso))
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Patrícia, já me tinha encantado pelas fotos dos teus buns, que acho podem perfeitamente ganhar o prémio dos mais amorosos, mas ainda não tinha conseguido vir comentar. 🙂
Ficaram lindissimos nessa apresentação tão querida e elegante que lhes deste.
Adorei o resultado!!! Como sempre excelente participação. Obrigada.
Bjinhossss
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Muito obrigada, amiga! beijinhos
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