Hoje, eu gostava de partilhar convosco o lançamento do livro “A Nossa Mesa: receituário gastronómico da Figueira da Foz”. Será amanhã, na Casa do Paço, às 17 horas.
Apesar de não poder estar presente, acredito que irá ser um evento memorável, que enaltecerá todo o trabalho de investigação sobre a gastronomia da Figueira da Foz. Estarei com certeza em pensamento.
Agradeço publicamente o convite que me foi endereçado para colaborar com uma receita cujo ingrediente em destaque seria a salicórnia.
Obrigada Guida, autora do blogue Panelasemdepressão, e uma das mentoras deste projeto, que é da responsabilidade da Divisão de Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A salicórnia (Salicornia ramosissima) é uma planta tolerante à água salgada e que faz parte da flora nativa portuguesa. Cresce nos sapais dos estuários e salinas, possuindo vasta distribuição na ria de Aveiro. Como tem a vantagem de substituir o sal, é vulgarmente conhecida por sal verde, mas chegou a ser considerada uma praga. Revela propriedades antioxidantes, antitumorais e diuréticas. Caracteriza-se por ser uma solução muito saudável para quem sofre de hipertensão arterial.
Em Portugal, a salicórnia ainda é muito desconhecida, mas noutros países da Europa é apreciada e considerada um produto gourmet.
Colaborei neste projeto, conjuntamente com outras foodbloggers, com a seguinte entrada:
Tosta melba com queijo de cabra curado, doce de figo e salicórnia
A receita encontra-se aqui.
Finalmente será apresentado à comunidade o livro «A Nossa Mesa: receituário gastronómico da Figueira da Foz».
Como escrevi na introdução do mesmo: «Reunidas estão as receitas que se julga serem as mais fiéis à tradição do concelho. Receitas que passaram de boca em boca; receitas que ficaram registadas em cadernos de mercearia ou em diários mais elegantes em casas de família; receitas que foram cristalizadas em edições municipais a partir da segunda metade do século passado; referências que chegam de escritos bem mais antigos e que lembram as tradições das casas figueirenses e, finalmente, as receitas que hoje é possível ouvir das pessoas mais velhas. Ou de outras mais novas que aprenderam com mães e avós, que teimam em não deixar cair no esquecimento as afamadas papas de moado, ou as caldeiradas de enguias, ou a chora dos homens da faina maior».
E acrescento, «em jeito de recomendação…
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Que maravilha e que orgulho mesmo, em poder participar num projecto destes. 🙂
Da salicórnica já ouvi e li sobre, apesar de nunca ter usado. O facto de poder substituir o sal dá-lhe um poder fantástico e acho que deveria ser mais explorada nesse sentido.
As tostas ficaram lindas e imagino o contraste de sabores!
Bjinhos
Susana
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