Em Portugal, o dia de Todos-os-Santos celebra-se no dia 1 de novembro. Nesse dia as crianças saem à rua em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. Antigamente em algumas regiões, quando iam fazer o peditório, as crianças recitavam versos e recebiam pão, broas, bolos, romãs, nozes, amêndoas ou castanhas como oferendas. Estas eram colocadas em sacos de pano. A quem lhes recusasse o pão-por-deus rogava-se uma praga em verso ou deixava-se uma ameaça enquanto se fugia em grupo e entre risos.
Esta tradição já era celebrada no século XV. Tem origem no ritual pagão do culto dos mortos, com raízes milenares. Em 1756, exatamente um ano após o terramoto que destruiu parte da cidade de Lisboa, celebrou-se esta tradição. Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1 de novembro), no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a tradição para realizar um peditório, com a intenção de manter uma tradição que lembrava os seus mortos. As pessoas, percorreram a cidade, bateram às portas e pediram que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse apenas pão, dada a fome e miséria que se alastravam a toda a cidade. Nessa ocasião as pessoas pediram “Pão por Deus”.
Noutras zonas do país, a tradição manteve-se, embora com algumas variações. Na região centro e estremadura chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são especialmente confecionados para este dia, sendo à base de farinha e erva doce com mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas e nozes.
Noutras regiões os padrinhos oferecerem um bolo aos afilhados. Esse bolo chama-se Santoro. Em vez de pedirem pão, pedem o “santorinho”. Neste caso, a celebração tem início nos últimos dias de outubro.
Já nos anos 60 e 70 do século XX, este dia passou a ser comemorado de forma mais lúdica. Apenas crianças até aos dez anos podiam participar no peditório e este realizava-se apenas durante a manhã.
Atualmente, o Pão-por-Deus sofreu algumas alterações, os meninos que batem de porta em porta podem receber dinheiro, rebuçados ou chocolates. A celebração portuguesa já se confunde com o Halloween, ou seja, com o dia das bruxas, que é uma tradição anglo-saxónica comemorada na noite de 31 de outubro.
texto adaptado daqui
- 2,100 kg de farinha T65
- 450 g de açúcar
- 300g de manteiga
- 750 ml de leite
- 6 ovos
- 33 g de fermento seco (3 saquetas Fermipan)
- 3 colheres de café de sal
- 3 colheres de café de açafrão (não pertence à receita original)
- 3 colheres rasas de café de canela (não pertence à receita original)
- 3 colheres de chá de aroma de baunilha (não pertence à receita original)
- 3 gemas de ovo para pincelar
5. Pincele as bolas de massa com gema de ovo e coloque no cimo de cada pão o topping de coco descrito abaixo.
Nota: Apenas decorei os pães de Deus com lascas de coco açucaradas, antes de os levar ao forno.
6. Levar cada pão a cozer no forno a 180º durante 30 minutos (resistência inferior)
- 200g de coco
- 200g de açúcar
- 100g de margarina
- 3 ovos