A ilha Terceira está em festa. Angra do Heroísmo, cidade património mundial, encontra-se no apogeu das festas Sanjoaninas, das quais já falei aqui e aqui.
A noite de ontem, sábado, foi a escolhida para um jantar típico de tasca. Descemos as artérias da cidade, enveredámos por diversas travessas, já engalanadas a adivinhar S. João, e chegámos ao célebre Pátio da Alfândega onde decidimos abancar para um serão repleto de petiscos locais e de outras paragens. O que mais aprecio nestas festas é a confluência de aromas que se propagam no ar, somente existentes nesta época do ano.
Para a nossa mesa vieram a linguiça e a morcela, acompanhadas com pão de milho, as bifanas, os célebres caracóis, da tasca “O Rei dos Caracóis”, as favas escoadas e a sangria.
Que é que pode haver melhor do que isto?
Deixo-vos então o programa deste Mar de Emoções, caso queiram passar por cá.
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Devido aos excessos da noite passada, hoje o almoço foi este caldo de sargo e delícias.
Ingredientes
1 sargo médio
1/2 pacote de delícias do mar
3 colher de sopa de tomate triturado
Sal
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola pequena
2 dentes de alho inteiros
1 generoso ramo de salsa.
1 colher de café de pimentão doce
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto
cotovelinhos de massa
Preparação do caldo
1. Escama-se o peixe, limpa-se as entranhas e lava-se.
2. Enche-se um tacho com água suficiente para cozer o peixe e a massa. Deixa-se ferver.
3. Coloca-se o peixe, o sal, a cebola, os alhos inteiros e o ramo de salsa. Deixa-se cozer.
4. Quando o peixe estiver cozido, retira-se do caldo e reserva-se.
5. Coa-se esse caldo para outro tacho e acrescentam-se os restantes ingredientes, com exceção das delícias do mar.
6. Desfiam-se as delícias às tirinhas. Sem que descongelem, demolham-se em água fria e, ainda consistentes, esfregam-se entre as duas mãos; começarão a desfiar-se.
7. Quando a massa estiver praticamente cozida, inserem-se no caldo as tiras de delícias do mar.
Serve-se quentinho.
A água da cozedura do peixe converteu-se assim no caldo. O peixe, depois de limpo de espinhas e peles, destinou-se a uma salada de verão.
Despeço-me partilhando convosco esta excerto de Mia Couto.
“Cozinhar não é serviço, meu neto”, disse ela. Cozinhar é um modo de amar os outros.”
in O Fio das Missangas
Ai o excesso… nós que o digamos: chegamos do excesso das férias directos para o excesso do S. João!
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Nada melhor que uma bela sopa para depois de um dia de excessos, só dispenso as delicias que não sou apreciadora, de resto é perfeita.
Um beijinho e boa semana
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Que sopinha deliciosa minha querida!
Ando mortinha por ir aos Açores!
Beijinhos e uma excelente semana! Sempre em festa e a sorrir, de preferência 😉
http://fabricocaseiro.blogspot.pt/2013/06/picoles-de-morangos-balsamicos.html
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Olá Patricia,
Esse caldinho deixou-me com água na boca, levezinho e certamente delicioso ! 🙂
Que bom que se divertiram, aqui em Lisboa não há a tradição do São João, esse programa parecido com o teu foi feito pelo Santo António ! 🙂
Beijinhos
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