Adoro o amanhecer…
Os dias que nascem calmos,
Sem pressas.
Tempos de Sábado e de Domingo.
Onde se registam olhares
E se congelam momentos,
Para os eternizar.
Verdes e luminosos,
Os meus vizinhos.
Próximos e longínquos.
Imagens num Outono de Dezembro.
SEGREDO
Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar…
Miguel Torga, in “Diário VIII”
Patrícia
Que lindo post 🙂
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O meu olhar ficou deleitado com os teus olhares. Que momentos prazeirosos, olhar pela janela e simplesmente ficar agradecida por estar rodeada de tanta beleza…
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Bonitas, as vistas do teu ninho 🙂 Já me tinha esquecido de como o teu cão era lindo:) Também deve estar nas suas sete quintas na casa nova. Beijinhos e até amanhã.
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Os arredores do ninho ainda estão em manutenção, mas as vistas são bonitas, é verdade. O pior é que me ponho a ver as vistas e fico sem vontade de corrigir testes…Que vida a nossa! Quanto ao Max, ele é lindo, não é? Bj
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Que coincidência tão feliz! Tinha pensado publicar no meu blog o poema que abria o meu livro da 1ª classe e que nunca mais esqueci. O Segredo do Miguel Torga! E agora que a visito “encontro-o” aqui…
Um abraço!
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Penso que a minha recordação também advém dos livros da primária. Num segundo, enquanto escrevia o post e colocava as fotos, este poema apareceu-me na mente. E acredite, tenho uma memória para dados terrível, mas lembro-me da foto de um ninho no livro de Língua Portuguesa.
Um abraço
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Invejo o mar todo que vê do seu ninho. Gostava de poder ver o mar todos os dias. Acho que já falámos/escrevemos sobre isto do mar. De como faz bem. Só saber que está ali faz bem. E a ternura do seu cão. Um Labrador, certo? Tive um quando adolescente. Chamava-se Lucky. Mas morreu. E senti a ausência como se fosse gente.
Um beijo.
Mar
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O Max é fruto de um cruzamento ocasional entre um Labrador preto e uma Golden Retriever amarela. E é lindo! Anda tão contente a explorar os novos espaços, a aproveitar a vida, à sua maneira. Por isso quis também congelar este momento, enquanto há vida. Depois o Max fará parte das memórias, como o seu Lucky. Uma realidade inevitavelmente madrasta.
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