Foi nesta mercearia, café, loja de souvenirs e  de artigos para casa que  marquei encontro para um lanche com a foodblogger Sónia Melo. É difícil os nossos olhos não se perderem ao olhar para um balcão repleto de iguarias doces e salgadas e para um espaço cheio de cor, de vida e de histórias para contar, que pode ser desfrutado por locais e turistas da ilha de São Miguel.

No primeiro balcão, logo à entrada, somos recebidos por queijadas e empadas diversas, bolos e  bolachas e por um desfile de licores regionais. Por trás desse balcão, estão vitrines de exposição com chás, especiarias e produtos típicos açorianos e de outras paragens. Há livre circulação. Há autorização para abrir e fechar gavetas. Lá atrás, existe uma cozinha onde a magia daquele espaço alquímico acontece.  Nada neste lugar é igual a qualquer outro. É um pouco dos Açores, um pouco da minha cultura, este Louvre.

Louvre Michaelense

 

Louvre Michaelense

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Saibam mais sobre este espaço através da leitura deste artigo delicioso!

 

Em Ponta Delgada, um espaço centenário abandonado, velha loja de chapéus, foi agora recuperado e voltou a abrir portas.

Vinham de Paris os chapéus que no número 8 da Rua António José d’ Almeida, na baixa de Ponta Delgada, faziam as delícias dos açorianos. Duarte Cardoso, o dono, abriu o espaço em 1904 e fez do Louvre Michaelense o lugar mais “coquete” da cidade. Agora, Catarina Ferreira reabriu as portas da loja, há muito abandonada — já não há chapelaria parisiense, mas há chapéus locais e uma espécie de mercearia do mundo que quer ser uma casa para quem a visita.

Catarina já tinha a cargo o restaurante vegetariano Rotas e o ¾, um dos primeiros hostels a abrir portas em Ponta Delgada. Isto além da carreira de professora. Em tom de brincadeira, dizia aos amigos que se mostrasse vontade de se meter em mais algum projecto a mandassem internar. Mas um amigo fez o contrário: “Disse-me que tinha conhecido um lugar que era a minha cara…” Quando entrou na antiga chapelaria e loja de fazendas, soube que ele tinha razão. O lugar estava de pernas para o ar, mas aquele antigo balcão a marcar a frente da loja e as gigantes letras parcialmente visíveis a formar as palavras Louvre Michaelense, rapidamente a conquistaram.

Depois de obras profundas — e da grande batalha de conseguir recuperar as letras de tabique e gesso com o nome da casa —, Catarina, a viver nos Açores há já alguns anos, não podia estar mais feliz. Naquelas montras agora visíveis novamente, expôs pela primeira vez os seus óleos o pintor açoriano Domingos Rebelo, mais tarde referência internacional. Por isso, reabrir este espaço é também devolver à cidade um pedaço de uma história que lhe pertence.

O conceito que ali se desenhou diferencia-se em variados detalhes. Primeiro e muito importante: as pessoas entram (literalmente) na loja, para lá do balcão. “Podem pegar num chá da mercearia e ir à cozinha prepará-lo. Ou fazer torradas…”, exemplifica a empresária. Este “sirva-se você mesmo” está a surtir os resultados que Catarina procurava: “Quero sobretudo que as pessoas se sintam em casa.”

Há chás, café, cereais a granel, conservas, queijos, bolos, pão, vinhos. O cliente escolhe o que quer e tira. “É simples.” É uma mercearia cheia de coisas “que faziam falta à ilha” com a vantagem de ter mesas e uma cozinha aberta. Mas há mais: o Louvre Michaelense tem espaço para os chapéus feitos localmente, artesanato, loiça das Caldas da Rainha (para Catarina matar saudades de casa) e peças alemãs e norueguesas. A professora criou ainda as linhas Louvre e Avó Catita, que têm bloquinhos, canetas, t-shirts ou canecas para pequenas recordações. Os postais, com fotografias dos Açores feitas por profissionais e amadores, são também uma delícia. Um sítio histórico cheio de histórias dentro.

fonte do artigo

Louvre Michaelense

2 Replies to “Louvre Michaelense”

  1. Que fantástico Patricia, acho que sonhamos todos com ul lugar assim não é? O meu sonho desde que tinha 16 anos é uma antiga leitaria em Lisboa, até já lá levei o Magnus. Mas mais alguém teve a mesma ideia…é um restaurante.

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