Convidei para jantar… um poema… As Ilhas Afortunadas

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“As Ilhas Afortunadas são uma lenda medieval. Por vezes o nome é associado a ilhas maravilhosas (por exemplo, com cidades de ouro puro) que teriam existência real e chegavam até a estar indicadas nos mapas náuticos; outras vezes referiam-se declaradamente a ilhas que podiam ser vistas pelos mareantes mas nunca alcançadas. Provavelmente a lenda foi sugerida por fenónemos atmosféricos que provocavam miragens de terras inexistentes no meio do mar.

“onde o Rei mora esperando”- de novo Fernando Pessoa faz uma convolução das lendas da Távola Redonda e do Desejado. Supostamente, depois da batalha de Camlann em que Artur matou Mordred mas foi, ele também, mortalmente ferido, o rei moribundo foi levado para a Ilha de Avalon (uma “ilha afortunada”) onde, em vez de morrer, ficou adormecido para um dia voltar numa hora de suprema necessidade para salvar o seu povo e restaurar o seu reino.”

João Manuel Mimoso in http://www.tabacaria.com.pt/mensagem/Encoberto/Afortunadas.htm

As Ilhas Afortunadas
Que voz vem no som das ondas
que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
mas que, se escutamos, cala,
por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
sem saber de ouvir ouvimos,
que ela nos diz a esperança
a que, como uma criança
dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas,
são terras sem ter lugar,
onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
cala a voz, e há só o mar.
Fernando Pessoa in Mensagem, Encoberto, Parte 1, Os Símbolos
Um doce de colher

Doce de colher_foodwithameaning

Ingredientes gerais

bolacha Maria

creme inglês de tangerina

chantilly de compra

nozes picadas

Ingredientes para o creme inglês

500 ml de leite

15 g de amido de milho

2 ovos

50 g de açúcar (coloquei 100 g)

1 colher de café de aroma de baunilha

rodelas de casca de tangerina (sem a parte branca)

Preparação

1. Numa picadora trituram-se as bolachas suficientes para cobrir o fundo das taças que pretendemos fazer.

2. Prepara-se o creme inglês:

Coloquei todos os ingredientes no copo da Bimby e programei 6 Min/90º/Vel.4
Retirei a casca da tangerina.  Deixei arrefecer o creme e  coloquei-o no frigorífico até à hora de servir.

3. Coloquei em cada taça a bolacha triturada, duas colheres de sopa de creme bem cheias, chantilly e nozes picadas. Servi de imediato.

Cada vez mais aprecio os doces de colher e ultimamente  tenho-os feito com alguma frequência.

Servidos em taças individuais exprimem simplicidade e requinte.

Doce de colher_foodwithameaning

Com este poema e receita participo 10ª Edição do Convidei para Jantar, iniciativa da Anasbageri, este mês dinamizado pela Cristina do blogue Come chocolates, pequena;

 

Um abraço desta ilha afortunada.
Patrícia

13 Replies to “Convidei para jantar… um poema… As Ilhas Afortunadas”

  1. Olá Patrícia.
    Adorei a tua escolha, não só pelo o autor como pela temática do poema. O doce é mais um exemplo do triunfo da simplicidade. Obrigada pela tua participação 🙂

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