A última quinzena de Dezembro caraterizou-se por ser um período de excessos com muitos almoços, jantares, lanches e ceias a intercalar a Consoada e a Passagem de Ano. Por esses dias recebi muitos amigos e familiares em casa e a mesa esteve sempre posta, pronta para as visitas próprias da quadra natalícia. No entanto, cozinhar não foi um problema para mim mas sim uma terapia. Foi a pensar nisso que concretizámos uma cozinha grande, com espaços bem definidos e amplos. Nela foram confecionadas as iguarias tradicionais da época entre tachos, forno, bimby e outros gadgets que se fartaram de trabalhar para consolo da chefe de cozinh. Nela ouviam-se gargalhadas e o tilintar de copos e pratos. Nela partilhavam-se experiências e trocavam-se receitas. Dela as refeições iam saindo sem a pressão de horários rígidos. Foram dias a todo o vapor, literalmente. Agora toda a casa está mais calma e apesar de a cozinha continuar a ser o coração da casa pede já receitas mais leves, como este peixe assado no forno.
Ingredientes
2 vejas
2 cebolas médias
4 dentes de alho
1 caldo de peixe
1/2 copo de água
1 ou 1/2 pimento vermelho pequeno
6 pimentos padrão
pimenta branca e rosa
açafrão
alho em pó
salsa
1 folha de louro
azeite
sal
Preparação
Depois de devidamente escamado e limpo, cortei o peixe da cauda até à cabeça para ficar como um “livro aberto” (perceberam, certo?).Reservei.
As vejas como eram bastante grandes tive de prepará-las diretamente no tabuleiro do forno porque não tinha nenhum maior.
À parte fiz um refogado com as cebolas cortadas às rodelas muito fininhas, os quatro dentes de alho, azeite e o caldo de peixe que dissolvi no refogado juntamente com o meio copo de água. Deixei ferver.
Coloquei o refogado no tabuleiro do forno. Dispus as vejas em cima do refogado. Temperei-as com sal, com as pimentas, alho em pó, louro e acafrão.
Cortei às rodelas pimentos padrão e pimento vermelho e distribui-os pelo peixe.
Perfumei com salsa.
Reguei com um fio de azeite.
Levei a assar cerca de 20 minutos em forno pré-aquecido.
Uma Boa Semana!
Patrícia
Olá!! Sabes que eu não sei que tipo de peixe é esse, vejas?? Sabes como se chamará aqui no continente ou é um peixe caracteristico dos Açores?
Beijinhos.
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A veja é um peixe muito comum cá nos Açores. É grande vermelha ou cinzenta) Não sei se haverá aí pelo continente. Podes fazer uma pesquisa de veja peixe nas imagens do google e vais ficar deliciada com as cores do peixe. Para além da veja há também o bodião que é muito parecido (há o vermelho e o azul). Um abraço
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Regalei-me com a ideia dessa cozinha atarefada!…
Não conhecia esse peixe, mas gostei muito da foto do antes e do depois. Conseguimos quase adivinhar o sabor aprimorado de um prato saudável e saboroso!
Babette
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É verdade. A minha cozinha teve dias bastante atarefados. A família reuniu-se na casa nova e por várias vezes. Foi uma alegria distribuída entre os tachos, as panelas e a sala de jantar.
Este peixe é uma delícia se for salgado como se faz ao bacalhau e depois cozido. Mas a maioria das pessoas açorianas frita-o às postas. Resolvi assá-lo e também gostei bastante do resultado.
um abraço
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Nunca comi veja escalada mas assada no forno é deliciosa e o seu prato tem ótimo aspeto!
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Um peixe chamado “veja”. Imperativo, esse peixe que não conheço. Mas formal, que trata as pessoas por você:) Se algum dia encontrar esse peixe, hei-de lembrar-me da minha Patrícia dos Açores. Que nos dias subsequentes ao Natal, retomou a paz no domínio em que somos mais felizes.
Que continue, então. A felicidade. O tilintar dos copos. As gargalhadas. E as receitas todas. Com significados irrepetíveis. Por serem suas.
Um beijo de início de ano, Patrícia.
Mar
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Querida Mar,
Quando cá vier ao Açores terei todo o gosto em preparar-lhe uma refeição com Veja.
Um beijinho.
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Não conheço esse peixe, estou maravilhada. Já li a resposta ao um dos comentários anteriores e realmente aqui no continente nunca ouvi falar… Lá está, mais uma desculpa para ir aos Açores :p
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E venha que será cá muito bem vinda. E terei cá a veja à sua espera! Fica combinado.
beijinhos
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Hummmm…que bom, recebo sempre de braços abertos um peixinho no forno.
Por curiosidade, vou procurar as imagens dessa peixe.
Por aqui chamamos “escalar” ao teu “livro aberto”, é enriquecedor esta diversidade de expressões e palavras da nossa língua, estamos sempre a aprender.
Gostei imenso do refogado com que presenteaste o peixinho, deve ter ficado
muito saboroso.
Beijinhos:)
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Duxa, por cá também dizemos escalar, mas fiquei com receio de não ser um termo utilizado no continente, daí o livro aberto.LOL Ainda bem que apreciaste a sugestão. Beijinhos
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Parece delicioso!!! cá em casa também anda tudo mais “light” depois de tantos excessos.
bjs Rita
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Agora a palavra light é imperativa cá em casa. Tem de ser.
Beijinhos
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Vim ver a veja, completamente desconhecida para mim. Gosto muito de peixe, tenho certeza que este me agrada 🙂 Obrigada pela visita ao meu blog!
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A veja lembra-me a Graciosa 🙂 O meu amigo Abel costumava pescá-las e oferecia-nos. Foi lá que comi pela primeira vez. Arroz de veja. Gosto muito. Um peixe diferente, a saber muito a mar. Fazes bem em retomar as comidas saudáveis. Também já o fiz.
Um beijinho,
Ilídia
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As ilhas mais pequenas marcam-nos sempre muito. Hei-de experimentar a versão arroz de Veja do teu amigo Abel.
Um beijinho
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Agora por aqui temos saladinhas e carne branca e peixinho para contrabalancear os excessos.Este peixinho vem mesmo a calhar!!!Ficou de aspecto delicioso!
Bjokas e bom 2012,
Rita
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Adoro a cozinha em qualquer altura do ano (lá está, é mesmo o coração da casa) mas é em Dezembro que dela saem mais coisas diferentes e ricas, que nos confortam, e é mais visitada por toda a família, onde todos colocam um pouco de si. Agora sim, algo mais leve, sem deixar de ser apetitoso, como esse peixinho no forno, para voltarmos ao equilíbrio.
Um beijinho.
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Gostei da tua veja!
Não “morro de amores” por este peixe… normalmente não o compro. Mas sempre que os meus pais vêm cá nas férias de Verão, tenho de consumir as pescarias do papá, que habitualmente incluem veja.
Nunca a escalei… mas parece-me uma ótima opção! A experimentar!
Bj.
Maria
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